Saturday, October 13, 2007

SOTURNO

Um dia o rei glutão
Quis pensar sobre o Amor
Viu venturas, solidão
Achou melhor o dissabor

E nem a aurora boreal
Sabe ao certo responder
Se o seu choro real
Realmente é de sofrer

Mas se a tal chuva escarlate
Sim, a mesma em que chorei
For agora um disparate
Desculpe, eu também me enganei

12:21

Tempo louco
Bicho solto
Um pouco muito ou muito pouco
Lento, lento ou mar revolto

E eu?
Vôo ou volto?

DELÍRIO COTIDIANO

Na lua te encontro sozinha a bailar
Teu corpo tal qual labareda no ar
O teu penteado serpenteando
Moldando teu rosto, me açoitando

Não faz assim...

No fim do festim me atiro em teus braços
Unindo os beijos em etéreos laços
Contudo, a aurora vem galopando
Te levando embora, tu foste dançando

Não faz assim...

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